quarta-feira, 20 de agosto de 2008

APRECIAÇÃO DO LIVRO “ CANTARES DE OUTONO OU NAVIOS REGRESSANDO ÀS ILHAS “ –( Fortaleza: Imprensa Universitária, 2004)- DO PRÍNCIPE DOS POETAS CEARENSES ARTUR EDUARDO BENEVIDES.

Por Zinah Alexandrino


De Pacatuba pra além-mar nasceu um príncipe que diz: “ Ai, deixa-me, pois, ser apenas um poeta! O que fui até hoje de alma repleta.” Artur nasceu com os signos do verbo encarnado do lirismo e das metáforas que em “ Cantares...” ele canta o amor, a dor, o presente, o passado. Canta os amigos, canta a amada. Versando em métricas ou versos livres, canta os jardins da Babilônia, que se refletem no espelho de Narciso, a figura de Orfeu. E, derramando o Canto, vão seus versos até o povo hebreu. E com seus pássaros invisíveis pousa no “Morro Dos Ventos Uivantes de Emily Brontë”.
Seus versos andarilhos, chegam até Paris, por Jean- Pierre Rausseou. Afirma: “ a poesia é a única forma de sabedoria” e essa sabedoria ele manifesta dentre os fenômenos estilísticos que lhes são próprios, quando nos apresenta os traços de sua obra, predominando no ramo da lírica, nos revelando seu próprio estado de alma. Ainda versa dos traços particulares de outros gêneros,todavia sem confundir o Eu lírico com o Eu autobiográfico Destarte, Benevides revela a afetividade e a emotividade do clima lírico, sempre ligado ao íntimo e ao sentimento, marca registrada no destino dos poetas de escol, eleitos, “ Senhores do ofício do Verso”. Enfim parafraseando Borges quando escreveu: “ todo bom poema há uma pegada de Homero”, por que não uma pitada de Artur Eduardo Benevides, nosso Príncipe?

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