terça-feira, 13 de janeiro de 2009

APRESENTAÇÃO DO LIVRO SUTILEZAS
POR ZINAH ALEXANDRINO


“Numa dimensão transversal, os grandes autores de todos os tempos, nos permitem lê-los com os olhos de hoje e permitirá que outros os leiam com os olhos de amanhã”.
Seria ambicioso demais de minha parte, uma mera iniciante na arte de poetar, comparar-me aos grandes escritores de todos os tempos. “Mas a poesia pertence à História Geral, segundo Bosi, mas é preciso conhecer qual é a história peculiar imanente e operante em cada poema. Que experiência calada no sujeito terá suscitado esta e não aquela mensagem metafórica?”
Foi vivendo, sentindo, sofrendo, amando, fazendo uma leitura isotópica de todas as cousas, que encontrei a melhor forma de converter em palavras o sumo de minhas experiências, sem ter nunca a pretensão de comparar-me a um gênio, muito embora, segundo o nosso grande romancista da atualidade, Ruy Câmara (Prêmio Jabuti de Literatura, categoria romance 2004), “Não é preciso ser gênio para ser-se poeta, mas ninguém é poeta sem um rasgo de gênio”. Partindo dessa assertiva, que faz epígrafe geral da abertura do livro, é que lhes apresento o meu primeiro livro de Poemas, um traçado das Sutilezas da poesia, onde discorro sobre o amor em suas diversas faces, a iniciar-se pelo grande amor, este que transcende todo o nosso entendimento: O AMOR DE DEUS , o qual não poderia omiti-lo, e de ressaltar a mensagem de amor e vida (para o homem). E esse amor, de um homem por uma mulher, e vice-versa. Os dois vêm epigrafados com duas mensagens bíblicas, este último dos “Cantares de Salomão”, que revela a ausência transitória de Salomão sentida por Sulamita. A citar: “Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, se achardes o meu amado, dizei-lhes que estou enferma de amor. O meu amado é alvo e rosado, o primeiro entre dez mil”. Cânticos dos cânticos, cap. 5: 8-10.
A Paixão, com um verso do saudoso poeta Vinícius de Moraes; O Desejo, por Florbela Espanca; A Saudade, por J. Salusse; A Vida, por Kalil Gibran; O Social, por Nazim Hilkmet (1906-1963), foi militante político de esquerda, considerado o maior poeta turco. As Sutilezas, que dá título ao livro, por Jorge Luís Borges, e finalmente Os Satíricos, que encerram o livro por Gregório de Matos. Eis aqui, senhores, as Sutilezas que deram origem a este meu primeiro livro.
Biologicamente, Deus me deu a suprema graça de meus três filhos. Foram, portanto, três gestações e naturalmente no tempo determinado por nosso Criador. Todavia a desse livro, superou qualquer uma. Sendo minha vida pautada, direcionada pelo Pai da Criação, deixei-me ser conduzida neste longo parto, no tempo de Deus, haja vista, que nosso tempo não é o Seu tempo. Para Deus, um dia pode representar um ano. Quem sabe isso seja uma maneira dEle, demonstrar para conosco, sua grande longanimidade.
Senhoras e senhores, hoje é o meu dia no tempo de Deus. À Ele, todas as honras pelas bênçãos da realização deste livro. Ao Centro Cultural Oboé, na pessoa desse grande investidor da Cultura, Dr. Newton Freitas e seu Diretor cultural, Tarcísio Tavares, juntamente com seus demais colaboradores, a minha gratitude. Ao professor e poeta, Dr. Roberto Pontes e sua esposa, a Dra. Elisabeth Dias, ao poeta Francisco Carvalho, ao grupo Versos de Boca, ao publicitário, cantor, compositor e grande amigo, Amaro Pena, ao Quarteto Ágape, à cantora, compositora, jornalista, apresentadora de televisão e minha filha, Karine Alexandrino, à escritora Arleni Portelada, minha confreira, pela Academia Feminina de Letras do Ceará, autora da belíssima resenha, que abriu esse programa e à nossa Cerimonialista da noite, a também escritora e confreira da mesma Academia, Tânia Gurgel, e finalmente, a todos vocês, meus convidados e colegas de entidades literárias, amigos e familiares, que com suas presenças tornaram possível o sucesso de Sutilezas. Recebam todos um caloroso abraço através do meu MUITO OBRIGADA!

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