quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

APRESENTAÇÃO DO LIVRO SUTILEZAS,POEMAS DE ZINAH ALEXANDRINO


Por,Arleni Portelada


Sabem aquela mulher que mirava-se no espelho?

Ela queria guardar para a posteridade todos os seus traços.

Queria ser o sol, a lua, a bruma, as flores, a música e nem desconfiava se seria louca ou sábia.

Ela é fascinada pela face do fascínio: escreve só o que lhe dita o coração, o que lhe vem da alma. É capaz de largar tudo, deixar a porta aberta e o impossível acontecer, para viver uma paixão.

Considera-se um vulcão adormecido, um personagem de tragédia que desce as profundezas, submerge e não se importa.

À noite, vagueia pelos mundos da Via Láctea, encontra-se com Órion, aprisiona o fujão Arcturo, ou simplesmente deita e rola; sofre e chora pelos famintos do Zaire,e do Brasil.

Sente falta dos Bonifácios, dos Tiradentes, dos Carlos Prestes, do canto libertador de Castro Alves.

Em fins de março se o sol castiga com o estigma da seca, pede a Deus que mande chuva, daquelas que escorrem pela borda do chapéu e enchem os açudes.

Pede ao Pai ao fim da tempestade de seus dias e caprichosa confessa: meu intelecto cansou.

Cheia de sutilezas e mistérios, ensaia caras e bocas em frente dos espelhos, se encharca de perfume e faz de conta que é um sapato.

Feliz da vida vai pisando por aí na calada da noite, cantando soluções, curando saudades.

Sabem, aquela mulher de quem estamos falando? Ela está aqui. Viajou nas horas e viveu a emoção de cada segundo que antecedeu a esse encontro.
Aquela mulher, vestindo negro na platéia, é ela.
Cuidem bem dela, porque ela é poeta!

Senhoras e senhores, boa noite!
Sejam bem-vindos a esta noite de sutilezas poéticas.

Um comentário:

Daufen Bach disse...

OLá Zinah,

Obrigado pela visita ao blog, obrigado pele e-mail que respondeu.
Foi um prazer ver teu copmentario no blog, vim retribuir tua gentileza e conhecer teu espaço.
Escreves lindamente.

Parabéns a ti.

Abraço.

daufen bach.